A companhe o primeiro dia de
julgamento do goleiro Bruno
14h30 – A juíza
Marixa Rodrigues interroga a delegada Ana Maria dos Santos sobre o
início das investigações, que segundo a testemunha ocorreram a partir de um
denúncia anônima. Ela confirmou que, durante as diligências no sítio de Bruno,
houve um conflito de versões dadas pelo funcionário do sítio José Roberto, que
admitiu a presença de crianças no sítio, e o administrador Elenilson Vitor, que
numa segunda diligência negou essa informação.
Ana Maria
contou que a ex-mulher de Bruno, Dayanne dos Santos, telefonou para a polícia
para dizer que estava tudo bem com ela, diante de informações publicadas pela
imprensa de que a mulher de Bruno havia sido assassinada. Ela foi, então,
convidada a ir à delegacia e compareceu à delegacia de Contagem acompanhada de
“Coxinha”.
Com versões desencontradas dadas pelos envolvidos, um dos presentes, o Coxinha, confirmou a presença do bebê Bruno Samudio no sítio. Ele se dispôs a levar a polícia ao local onde a criança havia sido deixada horas antes.
Com versões desencontradas dadas pelos envolvidos, um dos presentes, o Coxinha, confirmou a presença do bebê Bruno Samudio no sítio. Ele se dispôs a levar a polícia ao local onde a criança havia sido deixada horas antes.
14h14 - Pouco
antes de o julgamento ser interrompido para almoço, Bruno parecia emocionado.
Ele chegou a levar um lenço aos olhos, como se estivesse enxugando as lágrimas,
no momento em que a juíza abriu a sala do júri para que a imprensa fizesse
imagens. Já Dayanne preferiu deixar o local para não ser filmada ou
fotografada.
Goleiro Bruno
chora no intervalo do julgamento. Foto: Bernardo Salce/Agência I7
14h08 – Após uma
pausa para o almoço, recomeça o julgamento do goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne
dos Santos, realizado no Fórum de Contagem. A primeira testemunha a ser
ouvida é a delegada Ana Maria dos Santos, que participou das
investigações do desaparecimento de Eliza Samudio.
Com as
ausências do primo de Bruno, Jorge Luiz, e de seu amigo Amir Borges
Matos, que não vieram ao Fórum de Contagem, Bruno não terá testemunhas de
defesa, já que o advogado Lúcio Adolfo dispensou os depoimentos de sua
tia, Célia Aparecida Rosa Sales, e da amiga Maria de Fátima Santos, alegando
que ”o que interessa é o debate”. Ele disse que pretende “destroçar”
as testemunhas de acusação.
12h33 – A defesa de
Bruno dispensou as testemunhas Célia Aparecida Rosa Sales, que é sua tia, Maria
de Fátima dos Santos e Anastácio Martins Barbosa. A defesa da Dayanne dispensou
Saiver Júnior e manteve o depoimento de Célia Sales. Com isso, das dez
testemunhas arroladas, sobraram quatro testemunhas para serem ouvidas.
Neste momento,
a juíza liberou a entrada da imprensa para fazer imagens da sala do júri e
determinou um intervalo de uma hora para almoço. Só depois deve ter início o
interrogatório das testemunhas.
12h27 - Apesar da ausência de três testemunhas arroladas pela defesa – além de Jorge Luiz, Amyr Borges e Lucy Campos – , o advogado Lúcio Adolfo informou à juíza que ainda vai tentar trazê-las ao Fórum para que sejam ouvidas.
12h27 - Apesar da ausência de três testemunhas arroladas pela defesa – além de Jorge Luiz, Amyr Borges e Lucy Campos – , o advogado Lúcio Adolfo informou à juíza que ainda vai tentar trazê-las ao Fórum para que sejam ouvidas.
12h14 – Cinco
mulheres e dois homens vão compor o conselho de sentença, responsável por dar o
veredito a Bruno e sua ex-mulher, Dayanne Fernandes. Bruno e Dayanne
já estão na sala do julgamento.
11h56 - A testemunha
mais esperada do julgamento, o primo de Bruno, Jorge Lisboa Rosa, não
compareceu ao Fórum de Contagem, informou a juíza Marixa Rodrigues. Entrevista
recente dada por ele à Rede Globo – nela, ele atribui a culpa pelo crime a
Macarrão, mas diz que seria praticamente impossível Bruno não saber de tudo –
havia sido anexada ao processo.
11h40 - Cerca
de 90 minutos após a juíza determinar um intervalo para analisar as
considerações preliminares da defesa de Bruno e Dayanne, a juíza lê sua decisão
sobre as colocações da defesa. Ela indeferiu o pedido para que a certidão
de óbito seja retirada do processo, alegando que sua emissão está
suficientemente fundamentada. Ela também indeferiu o pedido para que o
julgamento fosse suspenso, sob alegação da defesa de que havia outro
inquérito em andamento.
A defesa entrou
com recurso suspensivo alegando que a certidão de óbito foi emitida com base
nas declarações de Macarrão, portanto, sem legitimidade, e que o documento
influenciaria a decisão dos jurados. No entanto, a juíza afirmou que Macarrão
foi condenado em um processo que já transitou em julgado, indeferindo,
portanto, a solicitação da defesa.
11h30 – Os réus
Bruno Fernandes e sua ex-mulher, Dayanne Souza, ainda não foram chamados pela
juíza para comparecer em plenário.
11h18 - Lúcio Adolfo
também questiona o desaparecimento, “entre os últimos dias 19 e 23″, de 700
páginas do processo que depois foram anexadas novamente, porém, fora de ordem,
o que prejudicaria o estudo dos autos.
11h13 - O clima
esquentou também quando o advogado Ércio Quaresma, que defende Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, tomou a palavra para pedir acesso a todo o
material audiovisual incluído no processo, o que a juíza indeferiu. Ele também
pediu que testemunhas não comuns ao processo de Bola, que será divulgado no
próximo mês, sejam ouviddas por ele, numa clara tentativa de tumultuar o juri.
A juíza determinou que ele fizesse a solicitação posteriormente.
11h00 – O julgamento
foi interrompido por 20 minutos para que a juíza Marixa Rodrigues
analise e inclua na ata as considerações preliminares feitas pelo advogado de
defesa de Bruno e Dayanne, Lúcio Adolfo. Ele pede que os jurados tenham acesso
a novos materiais anexados no processo e que o atestado de óbito de Eliza sejam
excluídos do processo. Nervoso com a alegação do defensor, o assistente de
acusação José Arteiro levantou a voz para exigir respeito. Houve um princípio
de discussão e a juíza mandou que Arteiro se mantivesse sentado e em silêncio.
11h00 – “Acreditamos
que a pena de Bruno poderia passar dos 24 anos”, disse o assistente da
acusação, José Arteiro.
10h54 – Tiago
Lenoir, advogado de Bruno: “Não cabe à defesa provar que a Eliza está viva.
Cabe à acusação provar que ela está morta”.
10h39 – Para a
juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, à frente do julgamento e responsável
pela decretação do atestado óbito de Eliza, a condenação de Luiz Henrique
Ferreira Romão, o Macarrão, seria a prova de que Eliza está morta. Sua
sentença foi dada no dia 23 de novembro de 2012.
10h30 – A expedição do atestado de
óbito de Eliza Samúdio pela Justiça é contestada pelos advogados de defesa dos
réus. Segundo os defensores, o procedimento, feito sem provas cabais da morte
da vítima, pode influenciar os jurados e prejudicar os acusados.
10h12 - Depois
do sorteio dos sete jurados entre os 25 convocados, dos quais apenas 15
compareceram, deve começar em instantes o depoimento das testemunhas. Serão
ouvidas cinco para defesa e cinco para a acusação de cada um dos acusados.
Bruno e Dayanne falarão na sequência. Não há limite de tempo nesta fase do
julgamento. De acordo com a assessoria do Fórum de Contagem, existe a
possibilidade de que os depoimentos sejam concluídos ainda nesta
segunda-feira.
Na sequência, a
promotoria terá duas horas para expor seus argumentos, enquanto a defesa
de cada um dos réus terá uma hora. Esse tempo pode ser prorrogado em mais duas
horas para réplica e outras duas para tréplica. Teminada esta etapa, os jurados
se reúnem para dar o veredicto para que a juíza possa, caso haja condenação,
definir a sentença.
10h10 – “Espero que
ele (Bruno) seja condenado”, disse a mãe de Eliza Samúdio, Sônioa Moura, ao
chegar ao fórum, há cerca de uma hora.
10h06 – A juíza
acaba de dar a palavra aos advogados de defesa, para que depois sejam
escolhidos os jurados. A expectativa é de que o julgamento dure de três a cinco
dias.
10h00 – Integrantes
da União Brasileira de Mulheres se reúnem na entrada do fórum.
9h45 – Julgamento
tem início no Fórum de Contagem.
9h30 – A defesa de
Bruno admite o sequestro de Eliza Samúdio, mas afirma que ela foi embora do
sítio após receber dinheiro do atleta. Para a acusação, o goleiro mandou
sequestrar a ex-amante, levá-la a seu sítio, em Esmeraldas (MG), e
matá-la.
9h13 – A defesa do
goleiro no caso fala em irregularidades no processo e cogita anular o juri novamente.
“Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, senão, anulo”, disse o advogado
Lúcio Adolfo da Silva. Os defensores do caso foram
ouvidos pelo Estado.
9h10 - A
Justiça decretou a prisão do goleiro e outros sete suspeitos em 7 de julho de
2010. Bruno e Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”, se entregam à polícia
no Rio.
8h55 – O goleiro
Bruno é acusado por sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza
8h30 – O promotor
do caso, Henry Wagner de Castro, chega ao Fórum de Contagem. Daynne Rodrigues,
ex-mulher do goleiro Bruno, também já chegou. Acusada de participação na
morte de Eliza Samúdio, ela responde ao processo em liberdade.
8h02 – Goleiro
Bruno chega ao Fórum de Contagem (MG)
7h36 – Após 971
dias atrás das grades, um dos réus mais notórios do País, o ex-goleiro do
Flamengo Bruno Fernandes das Dores de Souza, de 28 anos, volta a se sentar
diante de um júri popular a partir desta segunda-feira, 4. Acusado de mandar
sequestrar e matar a ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, com quem teve um
filho, o atleta será julgado em Contagem, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, onde está preso.
Sua ex-mulher,
Dayanne Rodrigues do Carmo, que responde por sequestro e cárcere privado da
criança que o jogador teve com a vítima, também começará a ser julgada nesta
segunda-feira.
Goleiro Bruno
no julgamento anterior, interrompido pela defesa do acusado. Foto: Flávio
Tavares/Hoje em Dia
Mas a decisão
do júri não será o desfecho da história. Além de dois julgamentos de outros
três acusados, marcados para abril e maio, novas investigações estão em
andamento para apurar a possibilidade de outros dois ex-policiais civis
mineiros terem participado do assassinato com Marcos Aparecido dos Santos, o
Bola, outro ex-agente acusado formalmente pelo crime.
Bruno e Dayanne
já estiveram à frente de um júri popular em novembro, mas não foram julgados.
Após uma série de manobras da defesa, o processo foi desmembrado, primeiro em
relação ao ex-policial, que será julgado em 22 de abril, e também no caso do
goleiro e da ex-mulher. “Não vamos adiar o julgamento de novo”, garante o
advogado Lúcio Adolfo da Silva.
A grande
diferença entre o julgamento de novembro e o que começa nesta segunda-feira, 4,
é que, no ano passado, todos os envolvidos negavam até mesmo que Eliza
estivesse morta, já que o corpo nunca foi encontrado. Diante do júri, porém,
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, ex-braço direito e amigo de infância
de Bruno, assumiu que a modelo foi assassinada e ainda acusou o goleiro de ter
sido o mandante, como sustentam a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual
(MPE). Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão. A confissão levou a juíza
Marixa Fabiane Lopes a determinar a expedição do atestado de óbito de Eliza.
Morte. “Nunca
contestei a morte. Não digo que está morta ou viva. Mas no processo não vejo
provas da morte”, afirma o advogado. Silva nega qualquer possibilidade de
acordo para redução de pena. “Vou enfrentar a acusação. No Brasil, quem acusa
tem de provar. A acusação é baseada nos depoimentos do Macarrão e do Jorge”,
diz, referindo-se a Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno.
Hoje com 19
anos, ele já cumpriu 2 anos e 8 meses de medida socioeducativa de internação
pelas acusações de sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, que
teriam ocorrido quando o rapaz tinha 17 anos. “Macarrão fez acordo com o promotor,
que antes o chamava de facínora. E a narrativa do Jorge é toda a acusação que
há no processo, mas agora o promotor o chama de mentiroso”, ataca o advogado.
Jorge foi arrolado como testemunha pela defesa de Bruno e pelo MPE. Em
entrevista à TV Globo, ele disse que Bruno “desconfiava” que Eliza seria morta,
mas que a iniciativa foi de Macarrão. “Há provas de que Bruno mandou matar.Há
acusações pesadas em cima dele e a arrogância de não confessar facilita”, diz o
assistente de acusação, advogado José Arteiro Cavalcante Lima.
Opinião
semelhante tem o promotor de Justiça Francisco de Assis Santiago, um dos
integrantes do MPE mais experientes no tribunal do júri. “Há contradições pró e
contra Bruno. Mas não é preciso mais nenhum depoimento. As provas técnicas
são irrefutáveis.